5 de dezembro de 2010

"De repente"

DE REPENTE

De repente,
Paro e começo a pensar,
E logo passo a rascunhar,
Em momentos de inspiração e lucidez
Noutros de insensatez.

Primeiramente uma linha,
Logo depois a segunda,
Aí já emendo a terceira,
De repente está pronta a estrofe,
De alguém que ri ou de outro que sofre.

De repente, um bom tempo pensando,
O passado relembrando,
Analisando o presente
E projetando o futuro.
Sentindo sorrir e chorar, um coração duro.

Lá fora a natureza,
Nas ofertas de sua beleza.
Na mente pai, mãe e irmão,
Também a mulher e os filhos,
De repente, nova geração.

Assim o dia se esvai,
De repente a noite cai,
É que o tempo, não pode parar,
O trabalho, não posso esquecer,
Mas isto, necessito registrar.

Amigo, ouça o que vou dizer,
Se num sonho você acreditar,
Por ele lute e tente,
Pois pode acontecer,
Da morte chegar,
De repente...

Antônio de Pádua Elias de Sousa
17/07/03