Relação de crônicas.
22/04/2019
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14ª Olimpíada de Redação de Jundiaí-SP
“Solto minhas palavras no mundo”
De Roberto Carlos - A Guerra dos meninos
“Hoje eu tive um sonho que foi o mais bonito
Que eu sonhei em toda a minha vida...
...
... A paz tão esperada aconteceu
Inimigos se abraçaram e juntos festejaram
O bem maior, a paz, o amor e Deus.”
Esta noite eu também sonhei.
Ou foi uma visão?
Não sei!
O certo é que estive na presença de um anjo.
Ou ele na minha, acho!
Este anjo me entregava um mini dicionário.
Tinha como título:
“Solto minhas palavras no Mundo”.
Quando o abri quanta surpresa!
Haviam apenas sete palavras.
E estavam na seguinte ordem:
Amor,
Fé,
Fraternidade,
Educação,
Saúde,
Liberdade e
Paz.
Então perguntei ao anjo:
- O que queres que eu faça com esse dicionário?
Ele respondeu:
- Distribua-o pelo mundo.
Logo indaguei:
- São apenas sete palavras, o que fazer se o mundo necessita de mais?
E prontamente ele falou:
- Assim como sete, são as cores do arco-íris, as notas musicais, os pecados capitais, alguns erros e perdões à serem concedidos, além dos dias da semana, estas serão o novo padrão mundial, da qual derivarão todas as outras.
Dizendo isto desapareceu, me fazendo acordar.
Neste instante, olhei pra você.
Percebi que você era à minha imagem.
Sendo que eu, era à tua semelhança.
Concluí então:
Que não era sonho e nem visão!
Tratava-se de uma mensagem Divina.
Para transformação mundial.
Compreendi ainda.
Que elas unidas formavam outra palavra.
Esta de maior dimensão:
Vida!
Agradeci por ter sido o portador do mini dicionário.
E por isso fui cumprir o que o anjo havia me determinado.
Sua distribuição é gratuita.
“Solto minhas palavras no mundo”.
Assim que terminei a distribuição, recebi na última entrega, das mãos de uma criança, qual era muita parecida com o anjo do sonho, o seguinte poema:
“Poetizar”
Poetizar!
Pois a melodia é a vida sensível da poesia.
O ato de viver é primário,
em cotidiano habitual,
portanto, poetizar torna-se necessário,
para uma convivência ideal.
Do ser humano
o sonho é fonte de energia,
entra e sai ano,
ele busca sua alegria.
Assim sendo, ninguém
tem o direito de frustrar,
o sonho de alguém,
tendo simplesmente de o respeitar.
Hoje em dia nos falta paciência,
o que nos impõe o exercício da inteligência,
quando aprendemos poetizar,
nos torna simples o verbo amar.
“Viver é preciso”,
poetizar é grandioso.
Sendo a melodia,
a vida sensível da poesia...
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Movimento em defesa do Brasil.
Em Junho de 2002, o então candidato à Presidência da República pelo PT (Partido dos Trabalhadores), o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, leu durante encontro sobre o programa de governo do partido, uma carta, a qual denominou de “Carta ao povo brasileiro”.
Usando agora dos meus direitos e deveres de cidadão brasileiro, gostaria de plagiar o mesmo gesto, escrevendo este, o qual denomino de “Movimento em defesa do Brasil”.
Gostaria de salientar que não sou “Lulista”, apesar de lhe ter confiado o meu voto, por duas vezes e, muito menos “petista”, apesar de considera-lo o único partido organizado no país, pois é notório, de quem é filiado ao mesmo, não foge à sua ideologia partidária, ou seja, de oposição, e ainda também que, pelo menos por enquanto, não sou candidato a nada, em que pese ter sido em 2012 a Vereador, sendo hoje um escritor e cronista.
Logo, iniciando o “Movimento em defesa do Brasil”, venho lhes redigir o texto a seguir, como modelo de protesto pacífico, em busca de nossos direitos e deveres constitucionais, registrados no Título II – Artigos de 5º à 17º - da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 e suas Emendas Constitucionais e Decreto Legislativo, citando a parte inicial da carta mencionada, de autoria do então candidato:
“O Brasil quer mudar. Mudar para crescer, incluir, pacificar. Mudar para conquistar o desenvolvimento econômico que hoje não temos e a justiça social que tanto almejamos. Há em nosso país uma poderosa vontade popular de encerrar o atual ciclo econômico e político”.
Vejamos pois, que a carta era até bem intencionada, que de alguma forma e, em alguns casos, surtiram efeitos paliativos, mas como é de natureza da política brasileira, não tiveram continuidade e muito menos consenso das instituições governamentais e sem apoio judiciais, legislativos e partidários.
Hoje em 2018, às vésperas das eleições, nos vemos novamente às voltas dos mesmos anseios e com os mesmos problemas para serem resolvidos, agravados pelos escândalos de corrupção, falta de educação, saúde, segurança e, o que é pior, ética e consciência política.
Assim sendo continuo, pois a decepção foi grande e necessitamos renovar as esperanças, mas esperança em que ou quem?
Nosso povo, ordeiro, de bem, se revela indignado, achando que, o fato de não comparecer às urnas, ou mesmo se votar em branco e nulo, solucionaria em parte os problemas. Ledo engano, pois o título de eleitor é arma poderosa, que faz com que, um monte de desonestos, com raríssimas exceções, lhes visitem de 4 em 4 anos, sob juras de amizades e oportunidades, cabendo-nos saber discernir quem é quem, se vale a pena ou não, e ainda, denunciar as mazelas, se for o caso.
Portando, o modelo atual da política brasileira, nos leva a descrença, ao desânimo, negativismo, achando que tudo está perdido, o que não pode ser considerado verdadeiro, já que existe um chavão de que: “O Brasil é o país do futuro”, onde esse futuro, se faz presente.
Sendo assim a população almeja, urgentemente, as possibilidades de mudanças do país, se mostrando disposta a apoiar qualquer projeto que, tenha por prioridade, o crescimento do Brasil, na valorização da educação, investimentos na saúde, na gerarão empregos, a redução da criminalidade, o resgate da nossa soberania, para termos a dignidade respeitada em todo mundo, não sendo motivos de chacotas internacionais, e até por nós mesmos.
Necessitamos de posturas corajosas e mudanças cuidadosas para punirmos os responsáveis pela situação atual do país, por seus erros, corrupções e, para que a justiça faça valer a “lei igual para todos”, acabando com as impunidades, colocando quem deve nas cadeias, limpando as casas legislativas, fortalecendo os judiciários e a valorizando os cidadãos de bem, quais tenham proposta de patriotismo humanitário.
É chover no molhado, mas o caminho são as reformas tributária, agrária, previdenciária, trabalhista e, mais urgente a eleitoral, contemplando um verdadeiro processo democrático, onde o povo possa ser ouvido e governe juntamente com o próprio governo, ou seja, qualquer que seja a instância, essa será a casa do povo, propriamente dita. Utopia? Não sei. Acredito mais no poder da conversa do que na unilateralidade.
O país precisa retomar a sua capacidade de administrar sua dívida interna e externa e endividamento público, o combate à inflação, qual afugenta e preocupa os investidores, onde haja uma melhor geração de empregos e distribuição de renda. Uma política externa que proteja nossos interesses comerciais e solucionar os entraves que prejudicam o comércio internacional, imposto pelos chamados “países ricos”. Afinal o Brasil é rico de tudo, principalmente de seu povo miscigenado.
Em resumo, o governo é obrigado a honrar os seus compromissos, sejam eles na educação, saúde, segurança, transporte, emprego, lazer e qualquer outro de sua alçada, constituído pela carta magna, mas alerto que o crescimento não pode e não deve penalizar novamente, nem levar o país à instabilidade, sem o controle das contas públicas e da inflação e ainda, obtidos com uma grande carga de sacrifícios, dos mais necessitados, que outrora já pagaram o preço da injustiça social.
Citando ainda mais um trecho da carta do candidato:
“O Brasil precisa navegar no mar aberto do desenvolvimento econômico e social. É com essa convicção que chamo todos os que querem o bem do Brasil a se unirem em torno de um programa de mudanças corajosas e responsáveis”. E para finalizar, cito uma frase, por ocasião de sua posse, que ora modifiquei, ficando assim:
“O medo deu lugar a esperança”, mas agora a esperança está perdendo espaço para o medo e a incerteza”!
Formiga, 13 de março de 2018.
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Voto de protesto
Prezados eleitores e eleitoras do Brasil, quais não são dos extremistas de viseiras, venho através deste solicitar-lhes que acompanhem comigo este voto de protesto, ou seja, para todos nós que não tivemos os nossos candidatos ou candidatas, eleitos para disputar o segundo turno e, portanto, indignados com os resultados das urnas, onde não somos simpatizantes de nenhum dos dois que irão concorrer ao pleito no dia 28/10, faço-lhes a seguinte proposta.
Vamos agora neste segundo turno, protestar de forma pacífica, demonstrando nossa insatisfação, anulando nossos votos, pois ficamos sem opção, para votarmos 00 (zero, zero) e confirmar.
Afinal essa briga agora não é mais nossa, então deixemos que eles se digladiem e se entendam.
Assim, na nova apuração, ficará a intenção de que estes nossos votos anulados, superem a atingida pelos dois remanescente, onde a pretensão é de que sejam bem expressivos.
Isso não impedirá que as eleições ocorram normalmente, e será eleito um dos dois na disputa, porque os votos nulos e brancos não servem como parâmetro para anular toda a eleição.
Mas com esse voto de protesto, nós iremos demonstrar nossa insatisfação com o atual sistema político brasileiro, para cobrarmos as providências cabíveis.
Agindo assim, nós demonstraremos à quem for eleito, a necessidade de uma reforma política urgente, já para as próximas eleições para 2020, contemplando por exemplo:
1- Voto Facultativo,
2- Redução da quantidade de partidos políticos, limitados a 5(cinco), por exemplo,
3- Fidelidade partidária,
4- Fim da reeleição,
5- Eleição em turno único,
6- Financiamento de campanha apenas pelo candidato,
7- Fim do fundo partidário, com dinheiro público,
8- Proibição de coligação,
9- Igualdade de tempo de rádio e televisão,
10- Etc...
Desta forma, conclamo a todos(as) os(as) brasileiros(as) para unirmos nesta campanha de voto de protesto, não votando em nenhum dos candidatos, se não forem os escolhidos por nós no primeiro turno. Onde demonstraremos nossa consciência política com coerência, insatisfação e indignação, para prevalecer a nossa vontade e, não a imposição estabelecida, por um sistema sucateado.
Conto com a compreensão, apoio e adesão de quem se sentiu ultrajado nesta votação.
Não iremos desistir do Brasil, sendo esta luta pacífica em busca da “Ordem e Progresso”.
Obrigado a todos e vamos em frente, juntos pela democracia.
Formiga – MG, 07 de outubro de 2018.
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Machismo / feminismo
Interessante e, ao mesmo tempo polêmico, esse assunto levantando, em forma de protesto, pelas atrizes Hollywoodianas, por ocasião do troféu Globo de Ouro, sobre assédio sexual, por qual afirmam terem sofrido, do qual, eu não coloco, de forma alguma, em dúvida.
Este protesto desencadeou uma série de manifestações mundo à fora, onde até outras divas, opinaram sobre machismo e puritanismo sexual.
A verdade é que:
É da natureza animal, tanto macho, quanto fêmea, reagirem a estímulos sexuais, sendo o ser humano o único que o pratica por prazer, ou mesmo exploração financeira, tendo os demais seres a finalidade única à procriação, ou seja, a preservação da espécie.
Essas reações, é que irão diferenciar uma coisa de outra, tendo portanto, de serem avaliadas em um contesto específico, justamente para se evitar cometer alguma injustiça e condenar alguém inocentemente.
O mundo é movido por amor, ódio e ainda interesses, que acredito ser este último preponderante sobre os dois primeiros.
Devemos ter muita calma, ao fazer julgamentos, até porque, no direito civil existem quatro verdades:
1ª – a do réu,
2ª – a do autor,
3ª – a verdadeira e,
4ª – a do juiz.
Para ilustrar esta minha crônica, gostaria de deixar abaixo algumas definições, para que possamos ter uma melhor compreensão da situação em voga.
1-Galanteio:
Amabilidade, cortejar, finezas, lisonjas, delicadezas, portanto são atenções a quem se quer agradar.
2-Sedução:
É o ato de atrair; fascinar; deslumbrar; cativar, influenciar e persuadir, podendo ser propósito lícitos e até mesmo ilícitos, dependendo do que se quer alcançar, ou seja, o objetivo final.
3-Assédio:
Trata-se basicamente da insistência de alguém para fazer algo contra a vontade de outra pessoa, de uma persuasão, chegando a humilhar este, podendo ser moral, sexual, psicológico e processual.
4-Discernimento:
É a faculdade racional privilegiada do ser humano, que o possibilita avaliar com sabedoria e inteligência algumas situações que exigirão decisões cautelosas.
5-Livre-arbítrio:
Significa simplesmente a vontade de livre escolha, ou seja, decisão subjetiva e independente sobre o sim e o não, certo ou errado e etc...
Assim sendo, venho concluir que:
Uma proposta, partindo de quem quer que seja, que agrade à ambos, por qualquer motivo e, que vá de encontro aos seus interesses pessoais, jamais, em tempo algum, pode ser considerado ofensivo.
Logo, toda manifestação é válida no sentido de alerta, de reivindicar direitos, sem contudo, generalizar uma ação cotidiana, como sendo esta maliciosa ou mesmo criminosa, até porque, se assim for, perderemos a paz, ao darmos uma saudação, um sorriso, um cumprimento, tendo que nos recolher em clausuras para evitarmos o convívio social, por medo do meu semelhante.
Tudo começa e tem seu fim, no Respeito, seja ele:
1º - de crença,
2º - da raça,
3º - de ideologia,
4º - de sexo,
5º - às artes,
6º - às culturas,
7º - à liberdade.
8º - ao respeito e etc...
16/01/2018
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O que é arte?
Segundo a definição da Encyclopaedia Britannica, arte é aquilo que é criado deliberadamente pelo homem como uma expressão de habilidade ou da imaginação.
Arte (do latim ars, significando técnica e/ou habilidade) pode ser entendida como a atividade humana ligada às manifestações de ordem estética ou comunicativa, realizada por meio de uma grande variedade de linguagens tais como:
Ø arquitetura, desenho, escultura, pintura, escrita literária, música, dança, televisiva, teatro e cinema, em suas variadas combinações, elitizadas e/ou populares.
O processo criativo se dá a partir da percepção, com o intuito de expressar emoções e ideias, objetivando um significado único e diferente para cada obra e de caráter subjetivo, ou seja, intrínseco e individual, buscando despertar o prazer e a apreciação coletiva.
Contudo, a arte não é uma ciência e sim uma manifestação estética de emoções, expressões e comunicabilidade e que requer:
Ø Habilidade em qualquer atividade que se baseasse em regras definidas e que esteja sujeita a um aprendizado e desenvolvimento técnico de modo inteligente e de forma racional,
Ø Busque a recordação da história e a preservação de tradições, para a educação moral, ética, cívica, religiosa e cultural, para a consagração e perpetuação de valores e ideologias socialmente relevantes,
Ø E ainda tenha uma função social, contribuindo para o desenvolvimento das sociedades e da fraternidade humana.
Portanto, não se pode confundir "Liberdade de Expressão", com "Libertinagem" pois as mais variadas formas de artes necessitam e têm por obrigação respeitar, todo e qualquer limite de crença religiosa, da dignidade humana, e ainda os preceitos éticos, morais e de bom senso, para que estas não sejam banalizadas e ao mesmo tempo, possam ser criticadas como ofensivas.
Realmente é "proibido proibir", mas convenhamos, que os direitos de um termina, quando começam os de outros...
Logo, senhores artistas, antes de exporem suas manifestações, façam antes as suas próprias auto críticas, para não se depararem ao ridículo, à vulgaridade, banalizar o que é realmente arte, respeitar e não afrontar os valores da dignidade humana, com a finalidade à uma educação sábia, sadia e de qualidade.
10/10/2017
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Do berço ao zoológico
É muito comum, ouvirmos as pessoas se referirem a quem é descendente de família rica como:
- “Esse nasceu em berço de ouro”.
E crítica, em tom de zombaria, àqueles que têm pouca instrução:
-“Educação vem de berço”.
Vejam, portanto que, via de regra, dinheiro além do berço, compra também educação, no seu sentido escolar, ou seja, ensino acadêmico.
E temos também aqueles, que não tendo o tal dinheiro, adquiriram a educação por herança, sendo esta uma sucessão de seus avós e pais, sendo que muitas vezes, não são acadêmicas, apenas institucional.
Contudo, tem um ditado que diz:
-“Toda regra tem exceção”.
Assim a vida me ensinou que não importa o berço, se de ouro, ou de capim, ela sempre nos apresentará gente boa ou ruim, com ou sem educação, letrada ou iletrada, com ou sem caráter, mas teremos de conviver e discernir quem é qual.
Muitos nascem e passam a vida toda, ou parte dela, numa casinha simples, andando de um curral para um chiqueiro, tendo entre eles um galinheiro, para ganhar o alimento, em sacrifício e labuta, no entanto são exemplos de ensinamento, de postura e conduta.
Já outros, nascido em mansões, em vida de luxo e ostentações, desconhecem o respeito humano, fazendo do ter o seu valer, sendo verdadeiros tiranos, atribuindo valor ao poder.
Mas desde que o mundo é mundo, convivemos inicialmente, entre animais domésticos, ou seja, bois, porcos, galos, ovelhas, cabras, cachorros, gatos e pássaros. Estes são de bom relacionamento, às vezes se irritam, mas também pudera, é fruto do tratamento recebido, sendo este via de mão dupla.
Mais tarde, em nosso cotidiano, aprendemos que existe um grande zoológico a desvendar, onde nos defrontaremos com leões e tigres, espécies que ficam na espreita, usam da força e do poder, para tentar nos dominar, esperando a hora de dar o bote, a fim de eliminar-nos, seja pra saciar a fome, ou por diversão, então temos de nos tornar hábeis, para enfrentá-los dia a dia.
Aparecem raposas, lobos e coiotes, de hábitos noturnos, sorrateiros, que usam da esperteza para atacar. Logo, todo cuidado é pouco, portanto, é sempre bom e aconselhável ficarmos vigilantes para não sermos surpreendidos.
Vêm também as hienas, risonhas, mas carniceiras, como os abutres e urubus, que esperam o desfecho da situação, para fazerem suas festas particulares. Estes gostam de coisas ruins e ficam na vigília apenas buscando as sobras para se deliciarem.
Temos também os macacos, astutos, brincalhões, mas num momento de descuido, lhe tiram algo importante, sem o menor constrangimento ou sentimento de culpa. Vigaristas estão sempre trapaceando com o alheio, tentando tirar algum proveito.
Encontramos os elefantes e hipopótamos, que usam do seu tamanho, peso e força, pra passar por cima de qualquer um, sem senso moral, ético e com muita arrogância. Assim ficar à distância é uma boa estratégia para não nos machucarmos.
Nos deparamos com veados e gazelas, que apesar da aparência pacata e resguardada, são capazes de atingir-nos com coices e chifradas, sem o menor pudor. Um senso de cautela é prudente, com fins a evitarmos decepções.
Vimos ainda as preguiças, que de bobas não têm nada, pelo contrário, fingem que dormem, mas na primeira oportunidade que tiverem, nos atacarão com suas unhas longas e cortantes e dentes afiados.
Conhecemos também as girafas, que com seus pescoços longos, estão de olhos e ouvidos atentos e ao menor sinal presença, estão prontas aos coices e cabeçadas. Como são desproporcionais, é bom prestarmos bastante atenção também aos seus movimentos.
E por fim as cobras, o pior dentre os animais, que como todos os bichos peçonhentos, nunca são confiáveis e estão sempre prontos ao ataque, sendo estes notoriamente na surdina, ou seja, ocultamente, sem que percebamos seus atos, pois são traiçoeiras e maliciosas por natureza, jamais demonstram algum arrependimento e quando irão atacar. Sendo estes ataques, muitas vezes mortais, caso não tenhamos os antídotos para o combate, é prudente a vigilância e atenção redobradas.
Então do berço ao zoológico vamos passando pela vida, conhecendo diversos animais e como, na sua maioria, não somos capazes de prendê-los, sendo inclusive proibido por lei suas caças, é bom e aconselhável aprender a conviver com eles, para não sermos surpreendidos e decepcionarmos com atitudes predadoras e instintivas.
Se vale como conselho: “não necessitamos ser bravos, quando nos basta apenas ser inteligentes”.
01/09/15
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Aprendi
Aprendi a lutar pela vida, quando ainda era apenas uma
célula masculina, numa corrida para eliminar outros milhões, sendo o único a
alcançar a célula feminina, que atraia à uma fecundação.
Lá chegando e, conseguindo o objetivo, aprendi que ganharia
corpo e alma, quais demandariam certo tempo, até que um ser feminino me
oferecesse à luz e, que tempo é de valor inestimável, qual não devemos perdê-lo,
pois não será reavido jamais, sendo este o único bem distribuído
igualitariamente a todos.
Ganhando a luz, aprendi com minha mãe, que pra sobreviver,
teria que sugar meu próprio alimento e, que dependeria, por um período, de seus
cuidados.
Com ela aprendi também o valor do amor, do carinho, da
dedicação, do porto seguro , a falar, a andar, ter confiança , que existe um
Ser Superior, que chamamos de Deus, a quem devemos pedir o que quisermos e, que
no tempo Dele, pela Sua justiça, se entender que merecemos nos será concedido
e, quando conseguirmos, jamais podemos deixar de agradecer e ainda que iríamos
nos separar um dia, mas que durante minha jornada deveria ter duas companheiras
inseparáveis, as quais me foram apresentadas, pelos nomes de fé e esperança e,
que quando necessitasse, poderia usar e abusar de ambas.
Aprendi, com meu pai, a obediência, o respeito, a força, o
trabalho, que a caminhada seria longa e difícil, que um homem não deve chorar
desnecessariamente, mas pode de quando em vez, ainda a torcer pelo Atlético
Mineiro, que deveria buscar, por minha conta e risco, novas conquistas, mas se
tivesse necessidade ele estaria presente e, complementando as companheiras de
minha mãe, ensinou-me que a liberdade e ética jamais me fariam mal algum.
Também com ele aprendi alguns legados: que primeiro tiramos
a carteira de motorista, depois aprendemos a dirigir, “de que honra e honestidade
não necessitam de vigilância”, que um “pai cria dez filhos, mas a recíproca não
é verdadeira” e ainda que a humildade é uma das maiores da virtudes do ser
humano.
Com meus irmãos, aprendi o valor da amizade, que ela está da
porta pra dentro de nossa casa, da compreensão, da harmonia, da partilha, que
ajuda é uma via de mão dupla, que às vezes estamos indo, noutras estamos
voltando, que reuniões são necessárias, mesmo que seja apenas pra não deixar a
saudade crescer, que medo é uma coisa plantada, mas de certa forma é bom,
porque nos coloca em modo de alerta, que Papai Noel e coelho da Páscoa não
existem, mas devemos sempre criar imaginações e, ainda que o silêncio é sábio,
às vezes dizendo mais que muitas palavras, principalmente em ocasiões que “não
devemos ser bravos, bastando apenas sermos inteligentes”.
Com os professores aprendi a ler, a escrever, a fazer
cálculos e que talvez pudesse perder muita coisa durante a caminhada, mas nunca
o conhecimento adquirido.
Aprendi com minha mulher que o amor tem novas fases, inclusive
que é acompanhado de outros sentimentos, como por exemplo: o ciúme, o valor do
perdão, que sexo prazeroso é feito com respeito e cumplicidade e mais, que
virgindade e confiança só se perdem uma vez e, uma vez perdidas, pode até se
fazer de contas, mas jamais se recuperam e também, que necessitamos de doação e
entrega em busca da comum união, onde dois vira um e que depois se multiplica.
Com meus filhos aprendi que sou importante, que tenho uma missão,
que a vida renasce, a força se renova, que o amor deve ser regado, que exemplos
devem ser deixados, que histórias necessitam ser contadas, que conversas são
essenciais, que a educação é a melhor herança a lhes ser deixada, mesmo que você não a tenha, que aquelas
células masculinas e femininas constituem a posteridade e, que felicidade é uma
questão de momento, onde na linha da rotina oferece seus picos, então quando
acontecer, que seja intensa e extensivamente.
Aprendi que no trabalho devemos ser competentes, mas cautelosos
e com reservas, pois somos ladeados de companheiros e não conhecemos a
fragilidade da mente humana, que podemos simplificar nosso cotidiano, sendo
apenas transparentes e que, em quando houver um questionamento, você tem apenas
duas respostas, ou é sim ou é não e ainda, que paciência é uma virtude que
poucas pessoas tiveram a graça de receber, e mais, que o valor do dinheiro é
limitado a cada necessidade, bastando a você definir qual é, pois seu excesso
vira ambição voltada a um poder, o que gerará mais ambição, onde podemos perder
o seu controle, podendo não conseguir “servirmos a dois senhores”.
Aprendi que a política é um mal necessário, que deve ser
discutida com finalidade à democracia, pois fora disso gera polêmica, assim
como na religião e futebol, sem gerar consenso e ainda, que ela só é boa se for
realmente praticada, obedecendo rigorosamente os seus princípios “LIMPE”, almejando
a melhoria coletiva, se preocupando com os menos afortunados e não com a
próxima eleição.
Por fim aprendi que o novo sempre vem, para um ciclo
constante de gerações e, que, durante toda a caminhada, já velho, nós teremos
conseguido uma única verdade absoluta:
- de que deixaremos de ser corpo para voltarmos a ser
simplesmente alma!
Aprendi...
Amem.
Amém.
07/07/17
Antônio de Pádua Elias de
Sousa
Formiga-MG
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Um
país vai para o brejo
Um país vai para o brejo, quando é descoberto há mais de
500 anos e seus descobridores, não valorizam sua cultura, escraviza outros
povos e é colonizado pelos meliantes, que não tendo lugar nas cadeias de
origem, na terra de seu descobridor, resolvem desová-los na colônia, para se
verem livres deste, os quais contaminam a nova população.
Um país vai para o brejo, quando a educação Religiosa,
Moral e Cívica e Estudos Sociais, deixam de figurarem nas grades curriculares
de suas escolas, e não valorizam seus professores.
Um país vai para o brejo, quando o seu povo é desprovido
de consciência política, sendo obrigado a votar, onde seus governantes, querem
resolver os problemas à bala.
E ainda, um país vai para o brejo, quando faz do Carnaval
seu cartão de visita, oferecendo suas mulheres aos gringos, como uma mercadoria
qualquer.
O que é pior, um país vai pra o brejo, quando deixa de
defender a sua soberania, batendo continência para bandeira alheia.
O país vai para o
brejo...
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