SILHUETA
Com a discrição de um olhar indiscreto,
Sem, contudo, poder chegar perto.
Pude ver com emoção,
A sombra de seu corpo em revelação.
A beleza de uma mulher menina,
Desenhando a parte feminina.
À mostra através de um box embaçado,
Sentindo o perigo do instinto ameaçado.
Muito difícil manter a postura,
Diante daquela conjuntura.
Confesso toda minha pequenez,
Mas é preciso manter a lucidez.
Fica então aqui em segredo,
É prudente ter medo.
Vou esperar pelo amanhã,
Quem sabe, age com a mente sã.
Bela silhueta não sai da lembrança,
Mas alimento ainda a esperança.
De que possas trazer-me a felicidade,
Na paixão de sua intimidade.
Mulher, a grande formosura,
Talhada como escultura.
A nudez com amor, sem pecado é rima,
Sendo de Deus a obra-prima.
Antônio de Pádua Elias de Sousa
13/07/10
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