3 de novembro de 2015

"Um dia"...

"Um dia"...
Um dia, é certo, que nós iremos morrer,
mas em outros muitos tantos, necessitamos viver.
Um dia, portanto, nós iremos nos separar,
mas em outros muitos tantos, precisamos compartilhar.
Então antes que a saudade e a tristeza nos contamine,
é imperativo que tenhamos muito mais, o que nos anime.
Acredito que é fácil conseguir,
começando o dia, com um singelo sorrir.
Almejando a convivência em paz,
numa harmonia que nos satisfaz.
Jamais esquecer o sentimento do amor,
o nobre capaz de vencer qualquer dor.
Não existe uma pronta receita,
só é possível união e amizade pra quem a aceita.
Há muito sacrifício no nosso cotidiano,
mas é dotado de cérebro o ser humano.
A tecnologia encurtou distância, mas diminuiu a conversa,
o ideal é olho no olho, sem muito pressa.
Utilizemos as redes sociais,
mas não esqueçamos os abraços jamais.
Precisamos fazer nossa história,
deixá-la registrada em fotos, filme e memória.
Para que sejamos bem lembrados,
e em muitos momentos nunca esquecidos.
Tenhamos então como diretriz,
viver e fazer mais alguém feliz,
tendo a certeza que temos outro dia,
e que tudo finda, um dia...
Antônio de Pádua Elias de Sousa
Formiga-MG
03/11/15

11 de julho de 2015

"No silêncio do chimarrão"

No silêncio do chimarrão
  
No silêncio do chimarrão,
Eu conto a minha história.
Sem o filme da reconciliação,
Cenas ficam na memória.

Era 05 de julho,
No ano do tri mundial.
Por inexperiência ou orgulho,
Sem ser receptivo, muito menos cordial.

Suavemente, a “Adeus Ingrata”.
Ficou o Empório Darci.
A canção que hoje retrata,
Meu amor de Cacequi.

No Hermes da Fonseca, a buscava.
Todas as noites, eu me lembro.
Senti então que a distância aumentava,
Eu em maio e ela novembro.

Aquele amor de infância,
Que revi no carnaval do Grêmio Apolo.
Não soube valorizar sua importância,
E nestes versos agora me consolo.

Sentados lado a lado,
Perdi minha paixão.
Pagando o erro por ter me calado,
No silêncio do chimarrão.

 Antônio de Pádua Elias de Sousa 

 12/11/10

7 de maio de 2015

"LUA"

LUA


Permita-me chamar-te estrela,
Mesmo não tendo própria luz.
E a noite tornando bela,
Teus mistérios me seduz.

Apresenta-nos quatro fases.
Seus encantos, minhas inspirações.
Das pautas e das notas são as claves,
Transformadas em emoções.

Surgindo sempre nova.
Crescente junto a devoção.
Linda e cheia me põe à prova,
Jamais minguante admiração.

Seus efeitos dizem até,
Astrônomos, geólogos e poetas,
Responsáveis pelas marés
E confidências de paixões secretas.

Lua, amiga seresteira,
Desperta amores e saudades traz.
És tu minha companheira,
Nessa noite lhe quero paz.

Antônio de Pádua Elias de Sousa
19/01/10

1 de janeiro de 2015

"Eu disse sim"

 “EU DISSE SIM”

Em seu altar, duas velas coloquei,
As acendi e por Ti chamei.
Na minha pequena fé, eu esperei,
Como Maria, eu disse sim e rezei.

Depois, em silêncio, olhei a luz,
Neste instante, ofertei Lhe, minha cruz.
Certo de que a seu modo e tempo, me conduz,
Agradecido, eu disse sim ao Cristo Jesus.

Corpo cansado, um a um, os pecados confessava,
Em sua justa misericórdia, acreditava.
O Santo Espírito, senti que comigo estava.
Novamente eu disse sim e penitenciava.

Na chama, percebi o seu clamor,
Recebestes a cruz, aliviando minha dor.
Transformando-me na sua messe, um trabalhador.
Assim, fielmente, eu disse sim ao seu amor.

Apresento-me hoje ao seu chamado,
Com muita fé, esperança e abençoado.
Ao seu serviço de amor, paz e doação compartilhado,
Eu disse sim, com o humilde coração renovado.

Antônio de Pádua Elias de Sousa
04/02/09