“Prova”
O
Senhor me fez à sua imagem e semelhança.
Pediu
para que eu acreditasse,
que
jamais perdesse a esperança
e
ainda, que nunca desanimasse.
Mas
minha ignorância não entende seus argumentos.
Pois
pediu ao pai o sacrifício de um filho, como prova de fidelidade.
Instituiu
uma lei, em mandamentos.
Numa
demora, pra conceder, ao povo seu, a liberdade.
Depois
enviou-nos seu próprio filho.
Dizendo-lhe:
“Conduza este povo inteiro”!
Vimos
então, um pouco seu brilho,
mas
em seguida, O penduraste no madeiro.
Assim
me vi, novamente sem norte.
Assustado,
fiquei sem entender!
E
Ele venceu a morte.
Tornando
difíceis seus métodos compreender.
Ressuscitado,
me disse que eu nunca estaria sozinho.
Então,
meio incrédulo, acho que confiei.
Ele
me mostraria o caminho,
mas
ainda assim vacilei.
Pouco
tempo depois, pra Ti retornou.
E
ainda tua mãe nos entregastes.
Em
seguida um Santo Espírito enviou.
Posteriormente
nossa mãe elevastes.
Então
acabei indo embora.
Queria
ser auto-suficiente.
Desejava
tudo a tempo e à hora.
Mas
me descobri incompetente.
Havia
lhe virado as costas.
O
seu tempo, não era o meu.
Busquei
arriscar em apostas.
E
abandonei o que era seu.
Com
estupidez, coloquei à prova sua amizade.
Trilhei
caminhos errados.
Assim
encontrei a infelicidade.
E
outros muitos, também estão enganados.
O
Senhor, sem mim continuou sendo Deus,
e
eu sem Você, me tornei nada!
Mas
sua misericórdia abriu os olhos meus,
e
minha falha foi perdoada.
Seu
amor incondicional me resgatou.
Pediu-me
que pegasse minha cruz e seguisse,
e
que peso maior suportou.
E
que nesta prova eu revivesse.
Foi
assim que encontrei minha fé.
Hoje
dela não abra mão!
Pois
sei quão maior Tu é.
Que
estou em Teu coração.
Entendi
que minha prova pequena era,
mas
injustamente sabia apenas reclamar.
Compreendi
que tua justiça não erra.
Agora
entendi o que é amar.
Antônio
de Pádua Elias de Sousa
Formiga
- MG
03/12/14