O FILHO DO MUNDO
De mãos calejadas
E pés descalços.
Com a pele ressecada,
Por dificuldades e percalços.
Numa viagem bruta,
Vai abrindo espaço.
Seu trabalho é de muita luta,
Mas sem perder o passo.
Homem de poucas posses,
Sem ambição ao ter.
Bradando em altas vozes,
Sempre priorizando o ser.
Honra e verdade ao lado,
Simplicidade, fé, amor e paz,
Acrescentam seu legado.
Valores que não se desfaz.
Assim vai levando a vida,
Em pensamento poético.
As palavras lhe dão guarida,
No ensinamento profético.
Com sorriso curto e olhos tristes,
Boca anunciante e de olhar profundo.
Em seu caminho, tranquilo persiste.
Longe vai o filho do mundo.
Antônio de Pádua Elias de Sousa
07/05/10
Formiga – MG -
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