11 de julho de 2015

"No silêncio do chimarrão"

No silêncio do chimarrão
  
No silêncio do chimarrão,
Eu conto a minha história.
Sem o filme da reconciliação,
Cenas ficam na memória.

Era 05 de julho,
No ano do tri mundial.
Por inexperiência ou orgulho,
Sem ser receptivo, muito menos cordial.

Suavemente, a “Adeus Ingrata”.
Ficou o Empório Darci.
A canção que hoje retrata,
Meu amor de Cacequi.

No Hermes da Fonseca, a buscava.
Todas as noites, eu me lembro.
Senti então que a distância aumentava,
Eu em maio e ela novembro.

Aquele amor de infância,
Que revi no carnaval do Grêmio Apolo.
Não soube valorizar sua importância,
E nestes versos agora me consolo.

Sentados lado a lado,
Perdi minha paixão.
Pagando o erro por ter me calado,
No silêncio do chimarrão.

 Antônio de Pádua Elias de Sousa 

 12/11/10

7 de maio de 2015

"LUA"

LUA


Permita-me chamar-te estrela,
Mesmo não tendo própria luz.
E a noite tornando bela,
Teus mistérios me seduz.

Apresenta-nos quatro fases.
Seus encantos, minhas inspirações.
Das pautas e das notas são as claves,
Transformadas em emoções.

Surgindo sempre nova.
Crescente junto a devoção.
Linda e cheia me põe à prova,
Jamais minguante admiração.

Seus efeitos dizem até,
Astrônomos, geólogos e poetas,
Responsáveis pelas marés
E confidências de paixões secretas.

Lua, amiga seresteira,
Desperta amores e saudades traz.
És tu minha companheira,
Nessa noite lhe quero paz.

Antônio de Pádua Elias de Sousa
19/01/10

1 de janeiro de 2015

"Eu disse sim"

 “EU DISSE SIM”

Em seu altar, duas velas coloquei,
As acendi e por Ti chamei.
Na minha pequena fé, eu esperei,
Como Maria, eu disse sim e rezei.

Depois, em silêncio, olhei a luz,
Neste instante, ofertei Lhe, minha cruz.
Certo de que a seu modo e tempo, me conduz,
Agradecido, eu disse sim ao Cristo Jesus.

Corpo cansado, um a um, os pecados confessava,
Em sua justa misericórdia, acreditava.
O Santo Espírito, senti que comigo estava.
Novamente eu disse sim e penitenciava.

Na chama, percebi o seu clamor,
Recebestes a cruz, aliviando minha dor.
Transformando-me na sua messe, um trabalhador.
Assim, fielmente, eu disse sim ao seu amor.

Apresento-me hoje ao seu chamado,
Com muita fé, esperança e abençoado.
Ao seu serviço de amor, paz e doação compartilhado,
Eu disse sim, com o humilde coração renovado.

Antônio de Pádua Elias de Sousa
04/02/09


                                                                           

23 de dezembro de 2014

"Natal de Jesus"


Natal de Jesus


Dia de Natal é feriado,
festa do cristão religioso,
anualmente comemorado,
para um Menino Glorioso.

Na Cristã Igreja, sua origem,
celebrando o nascimento de uma criança,
vindo da escolhida Virgem,
pra trazer ao mundo nova esperança.

Um grande chamado a reflexão,
e a um propósito nos conduz,
a verdadeira conversão,
no Natal de Jesus.

Tempo de espiritual limpeza,
no sentido à renovação,
em seu legado a certeza,
confirmada pela aliada comunhão.

Enfeite, música, presente e ceia,
tudo, deve ser insignificante,
diante da fé, então creia,
na grandeza do aniversariante.

Fortaleça com firmeza este elo,
acendendo intensamente esta luz,
viva então o que é belo,
no Natal de Jesus.


Antônio de Pádua Elias de Sousa
Formiga-MG
23/12/14


4 de dezembro de 2014

"Prova"

“Prova”

O Senhor me fez à sua imagem e semelhança.
Pediu para que eu acreditasse,
que jamais perdesse a esperança
e ainda, que nunca desanimasse.

Mas minha ignorância não entende seus argumentos.
Pois pediu ao pai o sacrifício de um filho, como prova de fidelidade.
Instituiu uma lei, em mandamentos.
Numa demora, pra conceder, ao povo seu, a liberdade.

Depois enviou-nos seu próprio filho.
Dizendo-lhe: “Conduza este povo inteiro”!
Vimos então, um pouco seu brilho,
mas em seguida, O penduraste no madeiro.

Assim me vi, novamente sem norte.
Assustado, fiquei sem entender!
E Ele venceu a morte.
Tornando difíceis seus métodos compreender.

Ressuscitado, me disse que eu nunca estaria sozinho.
Então, meio incrédulo, acho que confiei.
Ele me mostraria o caminho,
mas ainda assim vacilei.

Pouco tempo depois, pra Ti retornou.
E ainda tua mãe nos entregastes.
Em seguida um Santo Espírito enviou.
Posteriormente nossa mãe elevastes.

Então acabei indo embora.
Queria ser auto-suficiente.
Desejava tudo a tempo e à hora.
Mas me descobri incompetente.

Havia lhe virado as costas.
O seu tempo, não era o meu.
Busquei arriscar em apostas.
E abandonei o que era seu.

Com estupidez, coloquei à prova sua amizade.
Trilhei caminhos errados.
Assim encontrei a infelicidade.
E outros muitos, também estão enganados.
  
O Senhor, sem mim continuou sendo Deus,
e eu sem Você, me tornei nada!
Mas sua misericórdia abriu os olhos meus,
e minha falha foi perdoada.

Seu amor incondicional me resgatou.
Pediu-me que pegasse minha cruz e seguisse,
e que peso maior suportou.
E que nesta prova eu revivesse.

Foi assim que encontrei minha fé.
Hoje dela não abra mão!
Pois sei quão maior Tu é.
Que estou em Teu coração.

Entendi que minha prova pequena era,
mas injustamente sabia apenas reclamar.
Compreendi que tua justiça não erra.
Agora entendi o que é amar.

  
Antônio de Pádua Elias de Sousa
Formiga - MG

03/12/14