Uma das filhas de Urano e Gaia, 
para os Gregos Têmis, 
de olhos abertos, assim é. 
Aos Romanos Iustitia, 
de venda, a meu ver, não devia. 
Vendada no séc. XVI por artistas alemães. 
Que acredito não entender as questões. 
Imparcialidade e igualdade aos homens sim. 
Mas uma visão ampla aos atos e ações,
atentando para os meios e os fins. 
Não há em litígio, diferença entre as partes. 
Sejam ricos, pobres, humildes ou poderosos. 
Que me desculpem as artes! 
Mas temos que enxergar para veredictos honrosos. 
Tirando a venda eu entendo, 
para servir a todos em comum. 
E estarem, os Magistrados, sempre vendo,
tendo, as sentenças, erro algum. 
Muitas vezes o justo difere do legal. 
Então, passamos à justiça, a palavra final. 
Num ato de confiança e entrega. 
Logo, ela não pode ser cega. 
Numa corrente moderna e futurista, 
na certeza de que a OAB acate e entenda. 
Que me desculpe o artista! 
Mas proponho que tirem a venda. 
19/07/09
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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